Publicado em: 20/05/2021
A Comissão de Defesa das Prerrogativas Profissionais da
OAB-Cascavel pediu à OAB-PR, perante a Diretoria de Prerrogativas
Profissionais, que analise e adote providências diante de procedimento adotado
na Penitenciária de Segurança Máxima de Catanduvas, envolvendo interrupção e
intervenção durante entrevista de uma advogada com seu cliente preso, em
desrespeito ao sigilo e prerrogativas de sua atuação profissional.
Diante do fato, a OAB-Cascavel pediu a adoção de medidas
administrativas, legais e judiciais para cessarem tais atos, serem apuradas
responsabilidades e, se necessário, ajuizadas medidas judiciais para garantir
os direitos constitucionais em jogo.
Tal normativa não pretende confrontar medidas de
monitoramento adotadas por estabelecimentos prisionais de segurança máxima,
porém pretende criar e tornar claro um limite razoável para que o profissional
de direito possa exercer sua atividade sem violação de suas prerrogativas, sem
abuso de autoridade nem desvio de poder, que gere prejuízos ao exercício
profissional.
O presidente da OAB-Cascavel, Jurandir Parzianello, entregou
pedido de providências em Curitiba, ao presidente da OAB-PR, Cássio Lisandro
Telles, que se prontificou em deliberar e analisar medida cabível e atuar no
caso.
“A Comissão está de
parabéns pela brilhante atuação, sempre vigilante e buscando combater abusos
cometidos”, destacou Parzianello.
Para o advogado Alessandro Rosseto, presidente da Comissão
de Defesa de Prerrogativas Profissionais de Cascavel, "não podemos nos
curvar diante de tais condutas. É preciso um controle de sua
constitucionalidade e preservação das prerrogativas profissionais, sob pena de
grave prejuízo à advocacia. Sabemos existir hipóteses excepcionais que
autorizam uma vigilância maior de réus presos, desde que motivadas em casos concretos, onde a quebra
de sigilo possa ser adotada, mas isso não pode ser a regra, sendo importante
trazermos este problema à baila, para alcançar encaminhamentos que corrijam
este procedimento e condutas, restabelecendo os valores constitucionais e a
legalidade afetados".
