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Publicado em: 20/07/2021

A corregedora regional da 9ª Região do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), desembargadora Nair Maria Lunardelli Ramos, recebeu nesta terça-feira (20), em audiência oficial promovida por ocasião de Correição Ordinária, representantes da OAB-Cascavel, para discutir pleitos da advocacia que atua na área do Direito do Trabalho.

Participaram os advogados Jurandir Parzianello (presidente da Subseção da OAB-Cascavel), Alessandro Rosseto (presidente da Comissão de Defesa das Prerrogativas Profissionais), Joaquim Alves Pereira Júnior (presidente da Comissão Direito Trabalho) e o advogado Renato Otoni Guedes.

A OAB evidenciou preocupação com ato normativo do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, que alterou a fixação de juiz substituto nas Varas Trabalhistas, vinculado agora pela distribuição de processos no período de um ano, o que pode acarretar na diminuição de magistrados. Cascavel não foi afetada com o normativo ainda, que conta com quadro integral de juízes titulares e substituto.

Outro assunto foi o atendimento restrito ao público. Neste sentido, o encaminhamento foi o de oficiar ao presidente do TRT e também a Corregedoria para que haja avanço do retorno presencial das atividades. A dificuldade de contatos dos advogados na Justiça do Trabalho também esteve em pauta. A própria corregedora enfatizou que a solução mais correta é o retorno presencial dos trabalhos. Segundo ela, ligações telefônicas, mensagens via WhatsApp, Messenger, e-mail evidenciam que o sistema permanece inconsistente.

Advogados patronais solicitaram retorno das audiências de conciliação referentes a execuções, em especial sobre a intimação da parte reclamante para apresentar cálculos. Advogados requerem que, após o trânsito em julgado, o tema vá direto para o contador. Sobre encaminhamentos de haver negócio jurídico processual de as partes estarem de acordo, intimando a ambas as partes no processo para que se manifestem ou se oponham sobre encaminhar autos para o contador.

E ainda: adiamentos de atos na Segunda Vara, atraso de sentenças, ressaltando que não se trata de críticas ao magistrado, mas busca por soluções em prol da advocacia e do jurisdicionado; atraso de pautas (nesse ponto, a corregedora informou que o prazo de pauta de 4 a 5 meses não está fora do calculado pela Corregedoria); solicitação de advogados que, em determinadas ações, as audiências sejam agendadas para o sistema presencial; honorários fixados em sentenças e aviltamento de honorários pelo magistrado. A corregedora ficou de verificar e conversar, pessoalmente, com juízes, para que não mais ocorram tais fatos; questão de prescrição intercorrente; morosidade de execuções em determinadas varas; Alvarás junto à Caixa Econômica Federal (valor entra na conta do advogado, não se sabendo a qual processo corresponde). Sobre esse assunto, a Corregedoria irá tratar com a CEF, solicitando a atualização do sistema da instituição para verificar o que pode ser feito a respeito do assunto; E também: link de audiência enviado a advogados – é importante ter número do telefone da sala da respectiva vara, para se comunicar com servidor, em caso de eventual problema. Ficou registrada ainda a necessidade de que é preciso ter comunicação instantânea do advogado com servidor. A OAB vai oficiar solicitando providências para que existam canais em cada unidade em que ocorre a audiência.

“Foi uma pauta extensa, sempre na busca da melhoria para os advogados e advogadas. Todavia, contamos com a total receptividade e atenção da Desembargadora Corregedora e, na oportunidade, fizemos vistoria à reforma da sala da OAB junto ao Fórum Trabalhista, que está quase pronta, e trará maior acessibilidade e conforto”, destacou Rosseto.

OAB LEVA PLEITOS DA ADVOCACIA À CORREGEDORA REGIONAL DO TRT