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Publicado em: 29/10/2024

A partir de 1º de novembro, segurança será reforçada nas transações, mas é preciso saber identificar ações que possam tentam burlar o sistema

As transações via PIX ficarão mais seguras em todo o Brasil a partir de 1º de novembro, com atualizações estabelecidas pelo Banco Central. A partir dessa data, transferências acima de R$200 só poderão ser realizadas em dispositivos previamente cadastrados no banco. Para quem utiliza dispositivos já registrados, o limite permanece inalterado.

Como cada nova mudança pode estimular adaptações nos métodos de golpes, a OAB Cascavel (Ordem dos Advogados do Brasil - Subseção de Cascavel), por meio de sua Comissão de Direito Bancário, orienta os cidadãos a estarem atentos a qualquer abordagem suspeita. A advogada especialista em Direito Bancário, Carla Viviane Bertoch Baptista, lembra que os próprios aplicativos bancários permitem verificar quais dispositivos estão autorizados para transações. 

“Qualquer solicitação de atualização ou cadastramento que venha de fontes externas deve ser vista com cautela, mesmo se a pessoa se identificar como funcionário de banco. As instituições financeiras não entram em contato diretamente para cadastrar dispositivos. Em caso de dúvida, busque orientação diretamente na agência bancária”, alerta.

Limite para novos dispositivos

Segundo as novas diretrizes, clientes que usarem um celular ou computador pela primeira vez para transações via PIX terão um limite de R$200 por operação e de R$1.000 por dia. Para transferir valores maiores, o novo aparelho precisa ser registrado junto ao banco. Essa regra corrige uma vulnerabilidade que permitia a fraudadores acessar o limite integral do PIX ao obter as credenciais da vítima e usá-las em outro dispositivo. Com essa medida, o controle sobre valores se torna mais seguro, até que o cliente faça o cadastro formal do aparelho.

Evite cair em armadilhas

A doutora Carla alerta que, em situações suspeitas, o conselho é sempre o mesmo: desconfiar. "Evite realizar transações à distância, principalmente quando solicitadas por ligações ou mensagens de WhatsApp. Priorize realizar pessoalmente na agência bancária ou se for o próprio usuário que iniciou a operação no seu aplicativo", reforça. Em caso de dúvida, a recomendação é procurar atendimento presencial e nunca clicar em links recebidos por mensagens ou aplicativos.

Atenção aos sinais de fraude

Embora as novas regras tragam mais segurança, golpes com PIX continuam comuns. Segundo a advogada, golpistas exploram a urgência para obter dados sensíveis, como assinaturas eletrônicas ou acesso ao aplicativo bancário. 

“Esses criminosos podem manter a vítima em uma ligação por horas até conseguirem as informações desejadas. É importante lembrar que os bancos nunca solicitam dados pessoais sensíveis por telefone ou mensagens”, explica. 

Ela reforça que o fraudador frequentemente precisa da colaboração da própria vítima para concluir o golpe, como ao fornecer senhas ou códigos de acesso. "Apesar de toda a tecnologia bancária moderna, ir à agência ainda é a forma mais segura de garantir que a transação é legítima e proteger os dados pessoais", conclui a especialista.

Mudanças no PIX: OAB Cascavel alerta para evitar tentativas de golpes