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Publicado em: 08/08/2019

Advogados cumprem desagravo público
na Penitenciária Federal de Catanduvas

Um grupo de advogados e advogadas cumpriu na manhã desta quinta (8) um ato de desagravo público em favor do colega Marcelo Luís Martins da Silva, na Penitenciária Federal de Catanduvas.

Cumprido dentro da unidade prisional, conforme era do desejo do advogado, o ato de desagravo atendeu determinação da Comissão de Defesa das Prerrogativas Profissionais, presidida pelo advogado Rodrigo Marcon.

O desagravo teve como destinatários a direção da penitenciária e o colegiado de juízes federais da Seção de Execução Penal da Comarca de Catanduvas.

O motivo é a suspensão das entrevistas dos advogados com seus clientes nesta unidade prisional pelo prazo de 30 dias ocorrida em 2016, porque o advogado teria “se excedido” ao tratar de casos não conexos com o de seus clientes.

Martins da Silva relatou também interrupções de sua conversa com um cliente por agente penitenciário supostamente descontente com o teor do diálogo.

Para o advogado Jurandir Parzianello, presidente da OAB-Cascavel, o que ocorreu foi uma nítida violação de prerrogativas, amparada em uma prática inconstitucional.

“O advogado não pode ter violada e nem interrompida a entrevista com o seu cliente, nem ser impedido de realizar o seu trabalho. Ele tem direito de conversar de forma reservada e sem interferência com o seu cliente”, observou.

Para o advogado Rui da Fonseca, conselheiro estadual da Secional do Paraná da OAB, as prerrogativas pertencem não apenas aos advogados, mas a toda a sociedade.

“Foi com muito sacrifício e dedicação daqueles que nos antecederam que essas prerrogativas foram conquistadas. Conseguimos aprovar o direito de assistência ao cliente, e ao sigilo das informações obtidas. Todas as vezes que houver violação das prerrogativas, a OAB estará junto aos advogados, mostrando que essa luta não foi em vão”.

Para o doutor Marcelo Luís Martins da Silva, a OAB tem que se manifestar sempre que os advogados forem desrespeitados.

“E os colegas devem levar adiante suas reclamações para que a nossa classe saia sempre fortalecida. Isso é bom para a democracia do País”, disse.

Advogados cumprem desagravo público na Penitenciária Federal de Catanduvas